sexta-feira, 13 de junho de 2014

AMIGO (dedicado a Jorenilson Madeiros Medeiros), por Tádzio Nanan


Amigo, quantas vezes eu te disse que eras especial
Ganhamos muito a teu lado, perde quem não te conhecer
Tens tanta coisa de doce, de acolhedor, de angelical
Uma candura e suavidade difíceis de esquecer!

Amigo, quantas vezes eu te disse que tinhas talento
Uma vocação para as artes, sensibilidade para a beleza
Dedilhando o violão transformas em alegria o lamento
Com a inspirada poesia vences a mais amarga tristeza!

Amigo, és forte, um guerreiro do dia a dia, vocacionado
Para o trabalho, forjado nos rigores e exigências da realidade
És um professor sem cátedra, culto, inteligente, antenado
Quem te conheceu não te esquece, e morre de saudade!

Teu coração alegre e gozador é bálsamo para teus parceiros
Pois é uma mina rica em filosofias de vida e estórias do cotidiano
Puxa a cadeira, que somos capazes de ouvir-te dias inteiros
Abre teu coração, e seremos fiéis companheiros ano após ano!

domingo, 8 de junho de 2014

ESCAPISTA, por Tádzio Nanan

Com os olhos fechados
Para os rigores da vida
Na folga tão merecida
Dos... Desajuizados!

Mas com a alma sempre aberta
Para os mistérios do mundo
- O humano, p.ex., me toca fundo
Isso quando acordado e alerta...

Tenho as mãos doídas
De escrever poesia e tocar violão
Não tenho talento
Para oito horas diárias de servidão
E o padecimento de anos e anos
De futilidades cumpridas!

Meditando, todo santo dia
Como um Sócrates moderno
Não me ofereça um terno
Que dinheiro não quero,
Quero o Palácio da Sabedoria!

De arte e beleza, embriagado
De sonhos a perder de vista
E de languidez
- O que vão pensar vocês?
O que quiserem,
Que assim Deus me fez...

No ócio criativo do artista
Belezas artificiais inventando
Só a imaginação cultuando
- Dane-se a realidade!
Que eu sou escapista!