segunda-feira, 28 de maio de 2012

AVANTE MULHER! (por Tádzio Nanan)



Dificílima é a situação da mulher!
Dificílima é a missão histórica e civilizatória da mulher!
Tem de rebelar-se contra as forças universais mais poderosas, se quiser ser verdadeiramente livre, autodeterminada, feliz!


  • rebelar-se contra deus (o deus das religiões monoteístas) que a “fez” subalterna aos homens, cuja missão é a de ser apenas cuidadora, ajudadora. Que fique bem entendido: nobilíssima é tal missão. Mas há várias outras nobres maneiras de o ser humano atuar no mundo, e a mulher é plenamente capaz de todas elas. E mesmo uma nobre missão como a supracitada, quando é torpe imposição, não pode ser bom e útil para ninguém, nem representar o bem, muito menos a Graça Divina; A Bíblia foi escrita por homens, e, pelo que se constata, para o bem tão somente dos próprios homens!
  • rebelar-se contra os homens, que a enxerga apenas como cuidadora deles mesmos, dos filhos, e mantenedoras das famílias, dos lares, também num papel de submissão e subalternidade (levando apenas uma existência privada). Rebelar-se contra os homens que a enxerga a maior parte do tempo como um mero corpo, objeto para seu prazer sexual, recusando-se a entendê-la como o ser complexo que de fato é, de mente sagaz, ricas e variadas emoções e alma profunda e misteriosa;
  • rebelar-se contra o Capital, que a reduz à simples mercadoria, precificada pelas forças da demanda (homens em busca de sexo e nudez) e da oferta (a própria mulher buscando dinheiro, já que no reino do Capital tudo é mediado pelo vil metal – mas ela precisa começar a recusar-se a ser apenas um produto na prateleira). É, paradoxalmente, a mercadoria mais cara e mais barata desta perversa relação social chamada Capital; Para sermos gente de verdade (sobretudo, para a mulher tornar-se “gente” de verdade), e não títeres ou mercadorias, teremos de superar o Capital. É indiscutível.
  • enfim, tem de rebelar-se contra ela mesma, contra o que ela pensa que é para ser outras coisas, contra o que ela pensa que quer para querer outras coisas, contra o que ela pensa que precisa para precisar de outras coisas (ou de muito menos coisas). Tem de se rebelar contra seu próprio corpo, para ser mente e alma. Tem de se rebelar contra o macho, para gozar o sexo em sua plenitude. Tem de se rebelar contra a maternidade para tornar-se mais Mulher. Tem de parar de vender a si mesma, para “fazer” a vida de outra forma (e assim ganhar o mundo).

Pode parecer contraditório, paradoxal, eu sei!
Mas talvez não esteja tão longe assim da verdade!
É a maior luta da história; a luta para podermos inaugurar uma nova história, a verdadeira história!
Que o verdadeiro Deus – o Deus do amor, do perdão, da fraternidade, da paz, da justiça abençoe a nós todos, e, em especial, a mulher! Dela depende o nosso futuro, em todos os sentidos e acepções possíveis!

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