quinta-feira, 11 de junho de 2015

SUCCUBUS, por Tádzio Nanan

Esta mulher quem é que me assedia em visões?
Ela existe, é real, ou delírio da minha mente?
Será minha amada imortal ou maligno ente
Que através dos tempos sorve a força vital dos varões?

É imagem fixa aonde quer que pouse os olhares.
Sinto sua corporeidade se materializando no ar.
É também as sombras que se infiltram em meu lar.
Demônio implacável, sempre em meus calcanhares!

Irresistível, resplandece no horizonte do meu desejo.
Vem faminta, determinada a alcançar seu objetivo:
Roubar-me o entusiasmo, o elã que me faz vivo;
Despedaçar meu coração, cravar-me seu fatal beijo!

Alta madrugada, sai da treva, e me devora, consome.
Vou a pique, num misto de prazer e agonia, êxtase e estupor...
A vampira envolve sua presa com a armadilha do amor,
Depois se lambuza de sangue pois infernal é sua fome!

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