quinta-feira, 26 de março de 2020

reflexão, por tdzn


A impressão que tenho é que o novo coronavírus desmascarou de vez o Brasil em sua cruel iniquidade socioeconômica, em sua flagrante contradição civilizatória, em sua flagrante fragilidade existencial: miséria, pobreza, desemprego(cerca de 12 milhões de pessoas!), informalidade(cerca de 40 milhões de trabalhadores!), falta de saneamento básico, precariedade das moradias populares, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, baixo nível salarial, famílias enfrentando gravíssimas dificuldades financeiras, etc.

E não apenas o Brasil, a própria civilização ficou desnuda, também, diante das inúmeras carências socioeconômicas, da desigualdade extrema que grassa mundo afora. O novo vírus evidenciou a grande mentira na qual vivemos: esta civilização não é para todos, mas para pouquíssimos privilegiados; a civilização do dinheiro e do consumo, dos ridículos –e nocivos- ideais de luxo, riqueza, sucesso, distinção.

O que fazer, então? Urgentemente, ousar a construção de uma nova convivência/existência coletiva cujo fulcro seja a saúde (física, mental, emocional) das pessoas, a felicidade (de todos os grupos humanos), a sabedoria (nas escolhas pessoais e coletivas), a sustentabilidade (ambiental, econômica, social), a solidariedade, a compaixão e o comedimento!

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