O homem pode
até ter nascido para brilhar, como muitos gostam de dizer; mas,
calma lá: nasceu para servir também!
Uns resolvem
problemas; outros, talvez mais inteligentes, formulam-nos!
Mulher: entre a
tirania da religião, a culpa do superego, a agressividade masculina
e o mercado capitalista! Situação horrenda!!
Às vezes, e
estranhamente, a glória da vida refulge mais forte entre a mais
profunda e pungente miséria humana!
Com as coisas
materiais é assim: como os recursos da Terra são finitos, quanto
mais alguns tiverem menos outros terão; nas coisas do espírito é
diferente: o amor não é excludente nem exclusivo: você pode amar o
quanto quiser quantas pessoas quiser; e quanto mais se ama mais se
aprende a amar! Como disse o poeta, “amar se aprende amando”!
Deus não é
uma instituição; Deus não é um livro cheio de historietas e
códigos banais; Deus não é nem mesmo uma ideia; Deus é um
sentimento, ou um conjunto de sentimentos, dentre os quais o
principal é a sensação de que as coisas não são em vão!
Falar a verdade
é muito perigoso: a mentira é uma negociata extremamente lucrativa
(pergunte aos governos, às igrejas, às corporações privadas...)
Toda a
fantástica e agônica aventura humana, ao longo de milhares de anos,
pelos confins da Terra, para, agora, todo mundo quedar-se paralisado
em frente à uma tela!
Viver é
resistir e se adaptar.
Se resistirmos
ao que temos de nos adaptar, fracassaremos.
Se nos
adaptarmos ao que temos de resistir, fracassaremos.
As multidões
uníssonas me repugnam.
Muita gente é
pequena demais para a felicidade, porque a felicidade requer uma
certa grandeza de ânimo, uma certa grandeza de alma.
O ódio é uma
força que nos faz enxergar o outro como coisa, como algo desprovido
de dignidade intrínseca; há outra força quiçá ainda mais forte
que o ódio e que produz sobre nós o mesmo abominável efeito: o
dinheiro!
Não procure
nos outros, tola e vaidosamente, apenas um reflexo de si mesmo. A
atitude inteligente, o que enriquece nossas vidas é ouvir aqueles
que pensam, sentem e vivem diferentemente de nós.
Encontra-se
facilmente pessoas que mais se assemelham à coisas (autômatos que
se tornaram) e encontra-se facilmente também meras coisas com mais
status e relevância que as atribuídas às pessoas! Tal é a
inversão do real fundamental para entender-se os contraditórios e
paradoxais tempos modernos!
Somente no
instante, podemos nos enxergar cabalmente.
Quanto mais
longo o período de tempo envolvido, mais sombria torna-se nossa
narrativa particular, a qual se agrega nossas duvidosas memórias e
percepções, e as duvidosas memórias e percepções alheias sobre
nós.
Mas como fazer
do instante nosso tradutor se somos um processo que se desenrola no
tempo – uma linha com infinitos pontos?
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