Com os olhos fechados
Para os rigores da vida
Na folga tão merecida
Dos... Desajuizados!
Mas com a alma sempre aberta
Para os mistérios do mundo
- O humano, p.ex., me toca fundo
Isso quando acordado e alerta...
Tenho as mãos doídas
De escrever poesia e tocar violão
Não tenho talento
Para oito horas diárias de servidão
E o padecimento de anos e anos
De futilidades cumpridas!
Meditando, todo santo dia
Como um Sócrates moderno
Não me ofereça um terno
Que dinheiro não quero,
Quero o Palácio da Sabedoria!
De arte e beleza, embriagado
De sonhos a perder de vista
E de languidez
- O que vão pensar vocês?
O que quiserem,
Que assim Deus me fez...
No ócio criativo do artista
Belezas artificiais inventando
Só a imaginação cultuando
- Dane-se a realidade!
Que eu sou escapista!
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