domingo, 6 de setembro de 2015

RENÚNCIA, por Tádzio Nanan

Vida, não me convoque pra guerras ou farras, eu não vou.
Nem me tente comprar com poder ou dinheiro, eu não quero.
Meu único sonho, imortal, derradeiro, o que anseio e espero
É dos grilhões um dia escapar e tornar-me aquilo o que sou!

Sem drama, renuncio a ti, mundo, à tuas mesquinhas ilusões.
Por qual motivo participaria deste teu jogo sórdido, irracional?
Contraditoriamente, a civilização apela à nossa porção animal:
Vaidade, cobiça, ira corrompem-nos com abjetas pretensões...

Os beija-flores alegremente exibem-se à minha janela.
Vou às lágrimas com uma letra do Chico e uma melodia do Tom.
Ser feliz na simplicidade é um trunfo, é um triunfo, é um dom.
E esse reconfortante amor que emana do coração dela!

Intuo um poema, no violão componho uma harmonia.
A vida pode ser inefável se a gente cultivar o que há de raro.
Os tortuosos caminhos mundanos... Mas o bom caminho está claro
Para quem desejar colher a mais doce e perpétua alegria!


Nenhum comentário:

Postar um comentário