sábado, 23 de julho de 2016

GÊNESIS - I, por tádzio nanan

No vácuo de sua existência,
Descobriu-se sozinho, desamparado.
A onisciência, quem lhe houvera dado,
A ubiquidade, a onipotência?
E quedou-se meditabundo,
Sem decifrar o íntimo mistério.
Quis renunciar a seu poder, a seu império,
E chorou a dor de um moribundo.
Quis morrer, quis suicidar-se.
Quis que tal noite terminasse.
Matou-se, mas renasceu na solitude...
Quis ficar louco, mas lúcido.
Quis seu negror translúcido.
E maldisse a própria infinitude!


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