Se todos que podem trabalhar trabalhassem, cada um de nós trabalharia menos e seria mais rico. Mais livres e mais prósperos. O problema reside no fato de as economias de mercado serem incapazes de assimilar tanta gente no mercado de trabalho; economias de mercado são incapazes de concretizar uma necessidade humana básica (obter sustento digno para si e para os seus) e um sonho coletivo fundamental (construir a melhor civilização pela promoção do bem comum)!
*
Qual é a melhor civilização?
A primeira civilização não acumula riqueza material, poder bélico, conhecimento ou tecnologia. Existe em perfeito equilíbrio com o meio natural em que está inserida. Nela, vive-se de uma forma simples, verdadeira e sustentável. Felicidade, saúde, paz. O livre usufruto do tempo. Qualquer trabalho visa à libertação do homem da necessidade; não existe alienação. As relações humanas não são baseadas em quaisquer fetichismos. Os relacionamentos humanos não são mercantilizados. Não existindo contradições internas, tal civilização tem potencial para existir por vastíssimo tempo.
A segunda civilização acumula continuamente riqueza material, poder bélico, conhecimento, tecnologia, a ponto de promover transformações radicais nela mesma, a ponto até de se pôr em perigo de extinção. A vida vai se tornando dia a dia mais complexa. Há toda sorte de conflito (o principal deles, o conflito distributivo), desassossego, excessos, contradições (que lhe são inerentes). Há mais pantomima que felicidade real; também não há saúde verdadeira - apenas medicação para os infindáveis males, do corpo, da mente, das emoções. Em não muito tempo, o caos entrópico acomete tal civilização, e ela conhece a decadência e o colapso. Extinguir-se-á a si mesma ou dará origem a outra civilização diferente.
Qual é a melhor civilização?
Nenhum comentário:
Postar um comentário