Modernamente, o
mais forte e frequente incentivo à ação pessoal de cada um de nós
é “mostrar-se” aos outros, é exibir o que temos, o que podemos,
o que fazemos(nas redes sociais, p.ex.). Qualidades morais da vida em
sociedade como cooperação, solidariedade, comedimento e renúncia
degeneraram em competição exagerada, exibicionismo, consumo,
orgulho e vaidade. É, na verdade, um estado patológico que se
naturalizou, que se autonomizou à nossa consciência, que se tornou
a normalidade da convivência social. Tornamos a doença o nosso
próprio modo de ser e agir, a pedra angular sobre a qual se ergue a
civilização, a regra basilar com a qual se julga e se prejulga. E
deste desequilibrado quadro social, onde imperam alienação e
fetichismo, definitivamente não há de vir coisa boa!
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