10% da
população brasileira detêm 75% da riqueza nacional. Quer dizer, o Brasil é um
simulacro de país, de nação, de democracia. A falsa solução para resolver o secular
problema da desigualdade socioeconômica: o Bolsa Família: medida paliativa, insuficiente,
pseudoprogressista (mas não estou aqui defendendo a revogação desta política
pública – é melhor do que nada). A verdadeira solução: tributar pesadamente a
renda, o estoque de riqueza, a transmissão da herança e o consumo dos segmentos
mais ricos da sociedade. Com este acréscimo de arrecadação, a União poderia
elevar os gastos em educação pública (níveis fundamental e médio), saúde
pública e resolver os problemas de saneamento básico do país. Isto elevaria a
produtividade de boa parte da população brasileira, o que permitiria aumentos
sustentados da renda destas pessoas. Uma parte desta maior renda seria poupada,
aumentando nossa taxa de poupança interna, o que ajudaria a financiar o
investimento produtivo. Mais investimento diminuiria nossos gargalos em infraestrutura,
produziríamos mais, exportaríamos mais, resolvendo em parte nossos recorrentes problemas
com a inflação e com a vulnerabilidade externa.
Agora, quem
é que tem coragem de mexer no bolso da elite econômica, a verdadeira dona do país?
P.S.: eles
vão usar a desculpa de que agora temos os vultosos recursos do pré-sal para
investir nas demandas populares e podemos deixar os ricos em paz, perpetuando
assim nossa iníqua distribuição de renda!
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