A palavra planta sentimentos:
Amores, ódios, esperanças, desilusões...
A vasta gama das nossas emoções
A palavra espalha pelos ventos!
A palavra é cheia de ambiguidade,
Pois dúbio o coração que a produz.
Espalha trevas, espalha luz,
Canta o ódio, canta a saudade!
A palavra: do homem a tradução cabal.
Revela todo nosso drama, toda nossa glória;
O que há de hediondo e sublime em nossa história;
Revela um ser dividido entre o bem e o mal!
A palavra pode revelar-se força maldita
E em nossos corações sombras espalhar.
Pode neles semear mil razões para odiar,
Enchendo nossas vidas de desdita!
A palavra tem o poder de produzir a morte
Quando alia-se às trevas, ao sórdido, ao odioso.
Pode corromper tudo o que for virtuoso,
A serviço dos que tem o ódio como norte!
Mas também enche o mundo de felicidade.
Alimenta, salva, resgata, ressuscita.
A feitos magnânimos nos incita,
Como o sonho da universal fraternidade!
Mas também enche o mundo de beleza.
É primavera que nos colore a alma,
É carinho no coração que nos acalma,
É a luz da razão em nós acesa!
Tu, emissor de significados, cuida da palavra.
Escolhe-a com generosidade, com zelo e amor.
Não faz uso dela quando refém do rancor.
Torna a paz o doce fruto da tua lavra!
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