Em um
mundo brutalmente cindido pela desigualdade
O homem
não pode restringir-se ao sonho particular:
Chefiar
isso ou aquilo, curtir e gozar; urge participar
Dos
assuntos públicos, organizar e lutar com vontade
Em um
mundo por massacrante injustiça marcado
Deve-se vestir
o uniforme, desfraldar a bandeira, ir à guerra
Contra
vetusta ideia que nos assombra, deprecia e aferra:
O todos
contra todos; oposto do paraíso sonhado
O homem
comum percebe o caos e clama por um ideal
Se padecem os irmãos, como pode descansar à noite?
Não pode
sorrir quando em tantos a vida dói como açoite
E essa desfaçatez
de se dizer a iniquidade algo normal
Mas, se
cada um fizer sua parte, não calar, contra-atacar
Se cada
grito e cada lágrima puderem ser vistos e escutados
Mais e
mais homens e mulheres se erguerão como soldados
Contra o
mal: a atroz injustiça, a desigualdade secular
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