segunda-feira, 12 de maio de 2014

SOBRE A VIDA, por Tádzio Nanan


Como são paradoxais os caminhos que a vida toma...
Às vezes, precisamos cair para reerguer-nos alados
E se subtraem algo a nós, a nós algo também se soma!

A vida e suas oposições, encruzilhadas, precipícios...
A dúvida ou o fundamentalismo? O cotidiano ou o extraordinário? A palavra ou o silêncio? O sentido ou o absurdo?
Encontrar a nós mesmos nas virtudes, ou nos perder nos vícios?

A vida e suas charadas esfíngicas, jogadas imprevistas, más surpresas...
Pegam-nos num telefonema, numa esquina, num fim de tarde, num agosto quaisquer
E nos põem de joelhos, a chorar e rogar diante de velas acesas...

A vida, tão docemente rude, tão claramente indefinida...
Qual seu sentido? A felicidade? Ou a felicidade é uma acomodação covarde?
Por quais caminhos seguir, de quais desistir, para receber o afago e evitar a ferida?

Como são contraditórios os caminhos que a vida nos propõe...
Quando calamos, (nos) revelamos, quando assumimos (nos) enganamos
Se desistimos, ela nos convida; se a confrontamos ela nos impõe!

Como é imprevisível a vida, nem sempre avança, às vezes, se detém...
E vivemos amargurados com o acre gosto do passado na boca
Uns com tanto amor, tanta luz, tanta vida, outros tantos sem!


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